Tarifaço afetará apenas 4% das exportações brasileiras, e mais de 2% já foram redirecionadas, diz Haddad.

Apesar do impacto considerado limitado, o ministro garantiu que o governo permanecerá atento às consequências da medida

- Da redação, com Canal Rural
06/08/2025 08h29 - Atualizado há 2 semanas
Tarifaço afetará apenas 4% das exportações brasileiras, e mais de 2% já foram redirecionadas, diz Haddad.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

De acordo com afirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, feita na terça-feira (5), apenas 4% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos serão impactados pelo tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo ele, mais da metade desse total, pouco mais de 2%, deverá encontrar outros destinos no mercado internacional.

A declaração foi feita durante a 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como "Conselhão".

"Graças à política que o presidente Lula inaugurou ainda em 2003, de abrir os mercados para os produtos brasileiros, elas representam 12%. Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifaço, e dos 4%, mais de 2% terá, naturalmente, outra destinação, porque são commodities com preço internacional que vão encontrar o seu destino no curto ou médio prazo", afirmou Haddad.

Apesar do impacto considerado limitado, o ministro garantiu que o governo permanecerá atento às consequências da medida. Segundo ele, “setores vulneráveis devem ser prejudicados pela tarifa de 50% para produtos brasileiros”, o que exige acompanhamento e resposta por parte do Executivo.

Durante o evento, Haddad também ressaltou a importância do Conselhão para o Ministério da Fazenda, especialmente por sua atuação em temas ligados ao crédito desde 2023. Ele informou que atualmente há cinco projetos de lei em tramitação que tratam do assunto e estão sob análise do CDESS.

O ministro aproveitou a ocasião para traçar um panorama positivo da economia brasileira. Segundo ele, a expectativa do governo é que a inflação fique abaixo de 5% ainda este ano. Além disso, destacou avanços nas contas públicas.

"Nós estamos, sim, evoluindo nas contas públicas depois de muitos anos de déficit primário crônico, na casa de 2% do PIB. Mas lembrando algo que é caro para a primeira-dama Janja e ao presidente Lula, que nós não estamos fazendo ajuste fiscal no lombo dos mais pobres e no lombo do trabalhador", declarou.


 


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