Os contratos futuros do café arábica encerraram esta sexta-feira (1º) em forte queda nas bolsas internacionais, com desvalorização superior a 3% em Nova York. A variedade caiu mais de 1.100 pontos, refletindo temores sobre a possível entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro imposta pelos Estados Unidos.
As especulações de que o presidente Donald Trump pode isentar o café das tarifas vêm movimentando o mercado. Segundo Guilherme Morya, analista do Rabobank, a incerteza gerou alta volatilidade e aumentou a busca por origens alternativas. “O impacto de longo prazo dependerá da duração da tarifa e dos desdobramentos diplomáticos”, destacou.
A colheita brasileira da safra 2025 também pesa sobre as cotações. Estimativas indicam que 95% da colheita do arábica já foi concluída, mas com rendimento abaixo do esperado. “As lavouras já perderam vigor devido a problemas climáticos”, afirmou o consultor Jonas Ferraresso.
Cotação para o mercado futuro: Arábica (set/25 – NY): 284,20 cents/lbp (−1.160 pts); Arábica (dez/25 – NY): 277,55 cents/lbp (−1.115 pts); e Arábica (mar/26 – NY): 271,00 cents/lbp (−1.100 pts).
No mercado interno, os preços também caíram. O tipo 6 registrou desvalorizações em Campos Gerais/MG (−4,30%, R$ 1.780/saca), Franca/SP (−4,21%, R$ 1.820/saca) e Guaxupé/MG (−4,86%, R$ 1.761/saca). O cereja descascado teve baixa de até 4,62%
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A volatilidade nas bolsas de Nova York e Londres tem dificultado negociações no mercado físico, com produtores cautelosos diante das incertezas, segundo boletim do Escritório Carvalhaes.
