05/10/2021 às 10h15min - Atualizada em 05/10/2021 às 10h15min

Estados Unidos retomam inspeções nas fazendas de onde importam manga

Depois de dois anos uma comitiva do governo norte-americano volta a inspecionar as fazendas produtoras e exportadoras de manga em Petrolina (CE), região que abriga os produtores que exportam para aquele país. As inspeções, previstas no Programa de Exportação de Magas para os Estados Unidos, foram suspensas por causa da pandemia.

Os inspetores foram acompanhados por técnicos do Ministério, das superintendências regionais de Pernambuco e Bahia. Das agências de defesa agropecuária e por produtores de fruticultura irrigada da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).

As instalações onde a fruta é processada antes de chegar ao mercado do Vale do São Francisco são fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) para promover o controle de pragas dessa cultura (como a mosca-da-fruta e fazer o tratamento hidrotérmico.

“Foi um encontro importante para mostrar a força e a importância que o programa de exportação de frutas irrigadas têm para o Brasil”, afirmou o superintendente federal de agricultura em Pernambuco, Carlos Ramalho.

 

Exportação de manga

Em 2020, as exportações da manga nacional atingiram o valor de U$S 246,9 milhões, com a venda de 243,2 mil toneladas, segundo o Observatório do Mercado de Manga da Embrapa Semiárido (PE). Em volume de exportação, os números representaram um aumento de 13% em relação a 2019, se mantendo acima da média durante todo o ano.

As variedades Tommy Atkins têm como principal destino o mercado norte-americano; e Kent, Keitt e Palmer, para a Europa.

A região do Vale do São Francisco, situada no semiárido nordestino, lidera a exportação da manga nacional, com 212,2 mil toneladas no último ano, correspondendo a 87% do total exportado da fruta pelo Brasil.

As águas do Rio São Francisco que abastecem os distritos de irrigação fazem da manga a fruta mais cultivada e com maior importância econômica e social na região.

Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a área plantada em 2020 foi de 49 mil hectares, a maior do Brasil.

Com o uso da irrigação e a disponibilidade de sol, a região consegue manter a produção da fruta durante todo o ano, abastecendo os mercados interno e externo.

As variedades mais plantadas são Palmer, Tommy, Kent e Keitt, apesar de se encontrar outras, como Haden, Ataulfo, Rosa e Espada Vermelha.

A mangicultura do semiárido também é conhecida pelos altos rendimentos alcançados e pela qualidade da fruta. Mesmo sendo uma atividade altamente intensiva em tecnologia, é cultivada na região por pequenos e grandes produtores, um resultado favorecido pela ampliação dos investimentos e linhas de crédito e também pela pesquisa agropecuária, com a disponibilização de pacotes tecnológicos cada vez mais precisos.


Da Redação, com informações do Mapa.


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