28/09/2021 às 06h40min - Atualizada em 28/09/2021 às 06h44min

Mesmo sem a China, exportação brasileira de carne bovina continua aquecida

Contrariando as expectativas negativas que tomaram conta do mercado do boi gordo, a exportação de carne bovina continua aquecida apesar da suspensão das importações da proteína pela China. O país asiático parou de importar após a informação da existência de dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como a doença da vaca louca.

Analista do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, informou em podcast do banco, que é voltado para o agronegócio, que até a terceira semana de setembro, o Brasil exportou 60% acima da média do que no mesmo período do ano passado. A informação é do site CarneTec.

Wagner disse que “se a gente for fazer um comparativo, com relação a setembro do ano passado inteiro, já foram alcançados nessas três semanas 93% de todo o volume exportado”. No atual cenário, é um ótimo resultado. Setembro de 2020, base da comparação, foi o mês com o menor volume de carne bovina brasileira exportada no segundo semestre daquele ano.


Outro sinal que ele diz ser animador, são os preços da carne na China. Eles indicam que os chineses estão ansiosos pela retomada das importações da proteína brasileira. Há dois anos, em 2019, o Brasil também suspendeu as exportações para aquele país por 13 dias, após a notificação de um caso isolado de EEB. O Brasil detém sozinho 38% do mercado de carne bovina chinês. É o maior exportador e a falta do produto também causa problemas no mercado doméstico do país.

Uma das vantagens brasileiras na hora de competir com outros grandes exportadores é o do câmbio. Com a moeda americana tão valorizada, o dólar, a carne brasileira tem maior capacidade de competir.

Há 24 dias que as exportações estão paralisadas. Dia 4 de setembro elas foram suspensas para aguardar detalhes dos dois casos atípicos da doença da vaca louca no Brasil. A suspensão é automática após a assinatura de um acordo fitossanitário entre os dois países. Em 2019 a China e tomou as importações menos de duas semanas após a suspensão. Compradores e vendedores estão ansiosos para a solução do impasse.


Da Redação.

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