O mercado brasileiro de soja teve um dia de fraca movimentação e preços mistos nesta terça-feira (27), refletindo um cenário de cautela tanto no ambiente interno quanto nas bolsas internacionais. A estabilidade nas cotações da Bolsa de Chicago e do dólar, aliada à ausência de grandes compradores e vendedores no mercado físico, limitou o volume de negociações.
Segundo o consultor Rafael Silveira, da Safras & Mercado, o comportamento dos preços foi influenciado também pela falta de atuação expressiva de tradings e produtores.
Em relação às cotações regionais, a maioria das praças manteve os preços inalterados. Passo Fundo (RS) continuou com a saca cotada a R$ 128, Santa Rosa (RS) a R$ 129 e o Porto de Rio Grande (RS) permaneceu em R$ 135.
Em Cascavel (PR), houve recuo de R$ 129,50 para R$ 128, enquanto o Porto de Paranaguá (PR) seguiu em R$ 135. Já Rondonópolis (MT) teve leve alta de R$ 115 para R$ 116 e Dourados (MS) subiu de R$ 119 para R$ 119,50. Por outro lado, Rio Verde (GO) apresentou queda, de R$ 118 para R$ 117,50.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram o dia com leves altas. Os preços foram inicialmente sustentados por notícias sobre o adiamento de tarifas sobre produtos da União Europeia, mas perderam força ao longo do dia.
A valorização do dólar frente a outras moedas e a queda nos preços do petróleo pesaram sobre o mercado. Além disso, os investidores seguem atentos à evolução das lavouras nos Estados Unidos, que estão com o plantio em ritmo acelerado após o feriado no país.
Os contratos para julho encerraram com alta de 2,25 centavos de dólar, cotados a US$ 10,62 1/2 por bushel, enquanto a posição novembro subiu apenas 0,25 centavo, fechando a US$ 10,50 3/4 por bushel. Entre os subprodutos, o farelo de soja para julho registrou leve elevação de US$ 0,10, ficando em US$ 296,30 por tonelada. Já o óleo de soja com vencimento no mesmo mês avançou 0,22 centavo, fechando a 49,57 centavos de dólar por libra-peso.
