Soja inicia semana com preços em alta no mercado interno e projeções otimistas para 2025

Cotações sobem levemente no Brasil enquanto mercado internacional mantém estabilidade

- Da Redação, com Canal Rural e Globo Rural
20/05/2025 08h58 - Atualizado há 11 horas
Soja inicia semana com preços em alta no mercado interno e projeções otimistas para 2025
Foto: reprodução

A semana começou com leve alta nos preços da soja no mercado brasileiro. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 60 kg foi cotada a R$ 132,68 no Porto de Paranaguá (PR), registrando valorização de 0,14% em relação ao fechamento anterior. Nos portos, os valores médios também ficaram elevados, com R$ 132 em Santos (SP) e R$ 134 em Rio Grande (RS).

Enquanto isso, no mercado internacional, a Bolsa de Chicago manteve estabilidade nos preços. Os contratos futuros com vencimento em julho fecharam o dia com leve alta de 0,07%, negociados a US$ 10,5075 por bushel. A commodity continua operando acima dos US$ 10, refletindo o equilíbrio entre oferta e demanda no cenário global.

A produção brasileira mantém bons índices de produtividade, o que garante uma oferta estável no mercado interno. As projeções para a próxima safra apontam uma possível expansão da área plantada. No entanto, analistas observam que o recente alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China pode limitar o crescimento das exportações brasileiras do grão.

Segundo dados da Scot Consultoria, os preços médios em importantes regiões produtoras foram: R$ 118 em Luís Eduardo Magalhães (BA), R$ 114 em Rio Verde (GO), R$ 112 em Balsas (MA), R$ 116,50 no Triângulo Mineiro e R$ 118 em Dourados (MS).

Paralelamente, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou novas projeções otimistas para o setor em 2025. A produção de soja foi revisada para 169,7 milhões de toneladas, um leve aumento de 0,1% em relação à estimativa anterior. O processamento (esmagamento) deve atingir 57,5 milhões de toneladas, com produção estável de 44,1 milhões de toneladas de farelo e 11,4 milhões de toneladas de óleo.

No mercado externo, a exportação de grãos teve leve ajuste para baixo (-0,3%), com previsão de 108,2 milhões de toneladas. As exportações de farelo e óleo seguem firmes, com 23,6 milhões e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente.

O primeiro trimestre do ano mostrou crescimento expressivo no processamento, com 4,67 milhões de toneladas em março — aumento de 29,7% em relação a fevereiro. No acumulado do ano, o volume chegou a 11,65 milhões de toneladas, 1,3% a mais do que no mesmo período de 2024.

Um dos destaques do relatório da Abiove foi o desempenho do mercado de biodiesel. Mesmo com aumento de 8,2% na produção no trimestre e de 10,1% em março, os preços do óleo de soja refinado apresentaram queda acumulada de 5,70% desde janeiro. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), os preços do biodiesel recuaram de R$ 6,50 para cerca de R$ 5,00 por litro.

A Abiove ressalta que o avanço gradual da mistura de biodiesel no diesel comercial segue alinhado às metas brasileiras de descarbonização, reforçando a importância de decisões regulatórias para garantir a sustentabilidade do setor.


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