Produtores rurais de diversas regiões do Rio Grande do Sul deram início na terça-feira (13) a uma série de protestos, exigindo medidas efetivas de assistência após os desastres climáticos dos últimos anos, incluindo as enchentes de 2024 e a recente seca que devastou a safra 2024/25.
Sem prazo para encerrar as mobilizações, os agricultores prometem permanecer nas ruas até que seus pleitos sejam atendidos. Entre as principais reivindicações estão a aprovação da lei de securitização das dívidas rurais — via Congresso Nacional ou Medida Provisória — e a suspensão imediata dos vencimentos de financiamentos, que vêm sendo cobrados desde março.
"É um movimento orgânico, fruto da insatisfação com a falta de segurança jurídica e as práticas irregulares das instituições financeiras", afirmou Arlei Romeiro, diretor financeiro da APER (Associação dos Produtores e Empresários Rurais do RS).
Cidades em mobilização
Os protestos já estão confirmados em municípios como: Júlio de Castilhos - São Sepé - Cruz Alta - São Gabriel - Tio Hugo.
Outras localidades devem aderir nos próximos dias. Romeiro convoca a sociedade a participar: "Não é só para produtores. Todos podem se solidarizar"..
Farsul critica inação federal
Em nota, a Federação da Agricultura do RS (Farsul) lamentou a falta de ações do governo federal, destacando que a demora na prorrogação das dívidas está levando milhares de produtores à inadimplência. "O remédio, se chegar, será pequeno e tardio", criticou a entidade, que cobra a criação de uma linha de crédito emergencial com recursos do Fundo Social do Pré-sal.