21/09/2021 às 15h27min - Atualizada em 21/09/2021 às 15h28min

Apenas o transporte coletivo pode reduzir em 53% a emissão de carbono até 2050

Cientistas dizem ser possível diminuir as emissões de carbono no Brasil em até 53%, informa a Agência Brasil. A estimativa é do presidente do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável, Márcio Almeida D’Agosto, após pesquisa. Para isso, ele relaciona um pacote de medidas de mitigação que incluem a qualificação do transporte coletivo. Uso de biocombustíveis e eletrificação da frota de transporte, por exemplo.

No caso específico, o engenheiro se volta exclusivamente para o setor de transporte, sem citar o desmatamento ilegal, queimadas e a eliminação das Usinas Térmicas.

Mem membro do Programa de Engenharia de Transporte da eu Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele avalia que esse tipo de transporte deve ser repensado para a adoção de “ônibus confortáveis, integrados, com dimensões adequadas e ar-condicionado”. Para isso, toda a frota tem que ser eletrificada, modal “atividade chave para se atingir o objetivo de emissões zero”.

Mesmo sendo apenas 0,6% da frota circulante do modo rodoviário, representa 50% da atividade de passageiros e 11% da demanda de energia. Já os caminhões utilizados no transporte urbano de carga representam 1,3% da frota circulante e são responsáveis por cerca de 10% da atividade de carga e da demanda de energia.

O especialista inclui, entre as medidas de mitigação que favorecem a redução das emissões de carbono na atmosfera, o aumento do uso de biocombustíveis; a expansão de ferrovias para transporte de cargas, nas proporções já projetadas; e a eletrificação e otimização, também, da logística, bem como dos veículos leves.

“Como resultado para isso, vimos que seria possível chegar, em 2050, reduzindo em 53% as emissões, e abatendo [da atmosfera] 268 megatoneladas de gás carbônico”, complementa o especialista, que participou do seminário Mobilidade Baixo Carbono, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Cada megatonelada corresponde a um milhão de toneladas.

A partir dos dados do estudo do professor é possível dizer que o agronegócio brasileiro está longe de ser uma fonte de emissões de gases que provocam o efeito estufa.


Da Redação.


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