O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central começa nesta terça-feira (21) a sexta reunião do ano para analisar o cenário da economia partir de dados da inflação e decidir se haverá ou não aumento da taxa de juros. Instituições e mercado financeiro apostam que ela deve subir de 5,25% para 6,25%, segundo o Canal Rural, de Safras & Mercados.
A expectativa de alta estava no radar do mercado financeiro desde o último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (20) que previu inflação de 8,25% em 2021. A indicação de aumento de 1% na Taxa Selic é para estabelecer uma política monetária mais contracionista numa tentativa de frear o crescimento do preço no varejo.
O Canal Rural lembra que a taxa passou seis anos sem qualquer elevação. Após bater em 14,25% em outubro de 2016, começou uma série de redução que desceu a taxa aos 6,5% m março de 2018. Em julho de 2019 ela chegou ao seu menor patamar histórico: 2%. Mas em março deste ano ela retomou a tendência de alta e chegou a 5,25%. O novo índice será anunciado dia 22, quarta-feira.
Taxa base
A taxa básica de juros Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) é a base para o cálculo de juros de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema. EÉ a taca referência da economia brasileira e outra de suas funções é ser um instrumento de controle da inflação. Para manter o equilíbrio da taxa de juro dentro do intervalo defino pelo BC ele compra e vende títulos federais.
O aumento da taxa segura o aquecimento de setores que podem desequilibrar preços e inflação com o aumento nos produtos. Quando reduz, induz ao consumo com crédito mais barato e fácil. Na verdade, é o instrumento do governo federal para equilibrar a oferta e a demanda.
Isso não quer dizer que ela é a taxa de juro ao consumidor. Para isso, as instituições utilizam outros indicadores que compõem o valor final. Um desses indicadores é o volume de inadimplência, lucro e despesa, por exemplo. As reuniões do Copom são em um intervalo de 45 dias entre uma e outra.
Inflação
O centro da meta da inflação oficial de 2021 definida pelo governo federal é de 3,75%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Com uma Selic de 6,5% a previsão era de uma inflação medida pelo IPCA de 5,85%. A partir do novo índice do Copom ainda não é possível saber onde ela vai chegar. Último relatório Focus, do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (20) indica que o mercado financeiro espera uma inflação de 8,5% em 2021. A projeção foi aumentada pela 24 ª vez consecutiva.
Da Redação.