Conab: 1º levantamento da safra 2025/26 indica produção de 663,44 mi/t de cana

POR ESTADÃO CONTEÚDO
29/04/2025 10h47 - Atualizado há 4 horas

São Paulo, 29 - A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2025/26 está estimada em 663,44 milhões de toneladas, volume 2% inferior quando comparado com a temporada anterior 2024/25 (676,96 milhões de t). A área destinada à cultura mantém-se relativamente estável ante 2024/25, com um ligeiro aumento de 0,3%, atingindo 8,79 milhões de hectares. Já a produtividade média dos canaviais está estimada em 75.451 quilos por hectare, uma queda de 2,3% quando comparada com a safra passada. Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das atividades em 2024.

Os dados fazem parte do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2025/26, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 29.

Segundo a Conab, a queda da colheita esperada para a região Sudeste, principal região produtora do País, prejudicou a produção nacional. Na região, é esperado uma queda na colheita de cana neste ciclo de 4,4% quando se compara com a safra 2024/25, totalizando 420,2 milhões de toneladas.

"A região registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das atividades, principalmente em São Paulo onde, além do baixo índice de chuvas e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios, que afetaram parte dos canaviais", relatou a estatal.

Esse cenário influenciou a produtividade média em 3,3%, estimada em 77.573 kg/ha. Além do menor desempenho das atividades, a Conab também estima uma redução na área colhida.

Mesmo com a redução na safra de cana no ciclo atual, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo atingir 45,9 milhões de toneladas. "Caso o volume seja confirmado ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica da Conab", destacou a estatal.

Em contrapartida, a produção de etanol, somada às derivadas da cana-de-açúcar e do milho, tende a apresentar redução de 1% em relação à safra anterior, estimada em 36,82 bilhões de litros ante 37,19 bilhões de litros em 2024/25. Quando se analisa apenas o combustível oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, o aumento chega a 4,2% influenciado pela menor estimativa de colheita da matéria-prima. Essa queda é compensada pelo aumento da produção de etanol a partir do milho, que deverá ser acrescida em 11% (7,84 bilhões de litros para 8,70 bilhões de litros).

Outras regiões

No Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar no País, tem uma estimativa para esta safra de produzir 148,4 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 2,1% sobre o ciclo 2024/25, influenciado pelo aumento da área cultivada em 3,4% chegando a 1,91 milhão de hectares. Esse incremento compensou a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos desenvolvidas durante a fase evolutiva dos trabalhos.

Na região Sul, a produtividade tende a se manter estável, em torno de 69 mil quilos por hectare. Já a área deve apresentar uma elevação de 2,3%, chegando a 497,1 mil hectares, o que resulta em uma produção de 34,4 milhões de toneladas.

Já no Nordeste do País, onde as atividades estão na fase de crescimento com previsão do início da colheita a partir de agosto, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,6%, com expectativa de colheita em 56,3 milhões de toneladas.

Cenário semelhante é encontrado na região Norte. A expectativa de uma maior área destinada ao setor sucroenergético e melhoria na produtividade, estimada em 82.395 kg/ha com o fator climático favorável, aponta para uma produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.


Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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