Apesar de uma colheita recorde de soja para a safra 2024/25, o Brasil poderá enfrentar uma escassez da oleaginosa antes mesmo do esperado, com os estoques finais apertados devido a desafios climáticos e uma demanda crescente tanto no mercado interno quanto externo. As adversidades climáticas em estados produtores como o Rio Grande do Sul impactaram negativamente a produção, levando a uma revisão para menos nas estimativas de safra, que deve ficar abaixo dos 165 milhões de toneladas projetados inicialmente.
A demanda pela soja brasileira, especialmente da China, também aumentou substancialmente, o que, somado à oferta reduzida, pode resultar em uma competição acirrada entre as necessidades internas e as exportações. A expectativa é que os prêmios no mercado nacional se mantenham positivos no segundo semestre, impulsionados pela maior demanda de soja.
A disputa por soja será ainda mais intensa, com o mercado interno, incluindo a indústria processadora, lutando por volumes suficientes, enquanto as exportações, lideradas pela China, continuam a crescer. A tendência é que os preços aumentem, especialmente com a necessidade de garantir a cobertura dos consumidores internos e a manutenção da competitividade nas exportações.
