O dólar comercial fechou a sexta-feira (25) cotado a R$ 5,687, marcando a sexta queda consecutiva da moeda. O recuo foi de apenas 0,08%, mas consolidou uma tendência de desvalorização no mês, com a divisa acumulando uma queda de 2% na semana e de 7,98% no ano. O movimento reflete uma trégua nos mercados financeiros, impulsionada por sinais de redução nas tensões da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Apesar de uma leve alta pela manhã, a moeda norte-americana cedeu espaço ao longo do dia e fechou abaixo dos R$ 5,70, com os investidores reagindo às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre uma possível amenização das tarifas comerciais com a China. Trump afirmou que tem mantido conversas frequentes com o presidente chinês, Xi Jinping, e prometeu ser “razoável” na imposição de novas tarifas, o que ajudou a aliviar as pressões no mercado financeiro global.
No mercado de ações, o Índice Bovespa (Ibovespa) da B3 também manteve a trajetória positiva, avançando 0,12% nesta sexta-feira. O índice fechou a semana com uma alta de 3,93%, acumulando um ganho de 3,44% em abril. A recuperação das bolsas foi impulsionada por fatores tanto internos quanto externos, incluindo a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que ficou dentro das expectativas, indicando uma desaceleração da inflação. O índice de preços subiu 0,43% no mês, abaixo dos 0,64% registrados em março.
No cenário internacional, o dólar teve um desempenho misto, subindo em relação às moedas das economias avançadas, mas caindo frente às moedas de países emergentes, como o real. A expectativa de que as tensões comerciais possam diminuir gerou otimismo no mercado e contribuiu para o fortalecimento das economias emergentes.