Exportações do agronegócio crescem 12,5% em março e batem recorde no 1º trimestre

Setor respondeu por mais da metade das vendas externas do país e alcançou US$ 15,64 bilhões no mês, impulsionado por soja, café e carnes

- Da Redação, com Canal Rural
15/04/2025 08h25 - Atualizado há 1 dia
Exportações do agronegócio crescem 12,5% em março e batem recorde no 1º trimestre
Foto: reprodução

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram US$ 15,64 bilhões em março de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O valor representa o segundo maior já registrado para o mês e um crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o setor faturou US$ 13,09 bilhões.
 

Com esse resultado, o agronegócio respondeu por 53,6% das exportações totais do país em março, ampliando sua participação em relação aos 50,3% registrados em março de 2024. De acordo com o ministério, o desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento de 10,2% no volume exportado e por uma alta de 2,1% nos preços médios dos produtos embarcados.
 

Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, os números refletem o fortalecimento do setor e sua capacidade de alcançar novos mercados. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou.
 

Entre os principais produtos exportados em março, a soja em grãos liderou com US$ 5,7 bilhões em receita, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. O café verde teve destaque com aumento expressivo de 92,7%, totalizando US$ 1,4 bilhão. Também se destacaram a carne bovina in natura (US$ 1,1 bilhão, alta de 40,1%), a celulose (US$ 988 milhões, +25,4%) e a carne de frango in natura (US$ 772,3 milhões, +9,6%).
 

Esses cinco produtos somados representaram 83,9% de tudo o que o agronegócio brasileiro exportou em março. Além deles, houve recordes nas exportações de café solúvel, miúdos bovinos, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos — produtos que, segundo a secretaria, tendem a ganhar mais espaço nos mercados da Ásia, Europa e América do Norte nos próximos meses.
 

A China permaneceu como o principal destino das exportações do agronegócio, com compras de US$ 5,7 bilhões em março — um crescimento de 13,6% sobre o mesmo mês do ano passado. A soja foi o produto mais enviado ao país asiático, representando quase 80% da pauta. União Europeia e Estados Unidos também seguem entre os maiores compradores dos produtos brasileiros.
 

No mesmo período, o Brasil importou US$ 1,7 bilhão em produtos agropecuários, aumento de 10,8% em relação a março de 2024. Os destaques das importações foram trigo (US$ 152,6 milhões, +21,4%), cacau inteiro ou partido (US$ 108,2 milhões, +807,1%), salmões (US$ 84,9 milhões, +5,4%) e papel (US$ 74,2 milhões, leve queda de 0,5%).
 

De janeiro a março, as exportações do agronegócio somaram US$ 37,83 bilhões, um avanço de 2,1% frente ao primeiro trimestre de 2024. Esse é o maior valor já registrado para o período. A participação do setor nas exportações brasileiras no trimestre chegou a 48,9%, contra 47,7% no ano anterior.
 

Entre os produtos mais vendidos no acumulado do ano estão os do complexo soja (US$ 11 bilhões), carnes (US$ 6,7 bilhões), produtos florestais (US$ 4,4 bilhões), café (US$ 4,1 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 3 bilhões). Juntos, eles responderam por 82,2% das vendas externas do agronegócio.
 

As importações também cresceram 11,9% no primeiro trimestre, totalizando US$ 5,18 bilhões, o equivalente a 7,7% das compras externas do país no período. Os maiores aumentos foram observados nos setores de produtos florestais, complexos sucroalcooleiro e lácteo. Com isso, o saldo da balança comercial do agronegócio ficou positivo em US$ 32,64 bilhões — 2,1% acima do registrado no mesmo período de 2023.

 

 


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