O mercado brasileiro de milho apresentou nesta segunda-feira (24) um cenário de estabilidade nos preços, em meio a um ritmo de negócios travado e uma oferta limitada. A avaliação é da consultoria Safras & Mercado, que destacou as dificuldades enfrentadas pelos consumidores para garantir o abastecimento do grão.
O clima para a safrinha e as movimentações dos contratos futuros do milho na B3 seguem como fatores de incerteza. Segundo a consultoria, o contrato para maio apresenta distorções em relação à realidade do mercado físico paulista, aumentando a imprevisibilidade para compradores e vendedores.
Cotações do Milho pelo Brasil: Porto de Santos (SP): R$ 79 a R$ 85 (CIF); Porto de Paranaguá (PR): R$ 79 a R$ 85; Cascavel (PR): R$ 79 a R$ 81; Mogiana (SP): R$ 91 a R$ 93; Campinas (SP): R$ 94 a R$ 96 (CIF); Erechim (RS): R$ 79 a R$ 81; Uberlândia (MG): R$ 87 a R$ 90; Rio Verde (GO): R$ 84 a R$ 86 (CIF); e Rondonópolis (MT): R$ 82 a R$ 85.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros de milho encerraram a sessão desta segunda-feira com preços mistos. Apesar da leve recuperação após recentes quedas, o mercado foi impactado pela valorização do dólar e pelas incertezas em torno de novas tarifas comerciais dos Estados Unidos, que devem entrar em vigor no início de abril.
As inspeções de exportação norte-americana de milho, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), chegaram a 1,46 milhão de toneladas na semana encerrada em 20 de março, abaixo do volume da semana anterior (1,69 milhão de toneladas), mas superiores ao mesmo período do ano passado (1,25 milhão de toneladas).
Investidores aguardam os relatórios do USDA, previstos para 31 de março, que devem trazer atualizações sobre os estoques de grãos e a intenção de plantio de milho nos Estados Unidos. No mercado brasileiro, a expectativa gira em torno da evolução climática da safrinha e da capacidade de oferta para atender à demanda interna.
