09/09/2021 às 10h04min - Atualizada em 09/09/2021 às 10h18min

Brasil fecha o ano com previsão de colher 252,311 milhões de toneladas de grãos

A safra brasileira de grãos que o país colherá até dezembro será 1,8% menor do que a do ano passado. A informação é do site Safras & Mercados, a partir do no 12º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgado nesta quarta-feira (8). O pais vai colher 252,311 milhões de toneladas de grãos, 4,7 milhões a menos do que na safra anterior.

A Conab fez uma linha do tempo para as colheitas em 2021: segundo ela, a primeira safra de todas as culturas, está totalmente colhida. As culturas da segunda safra estão em fase final, as da terceira, entre floração e colheita e as culturas de inverno, sendo colhidas agora em setembro.


Milho

Prevista produção de 85,75 milhões de toneladas, 16,4% menor do que a do ano passado. Chegou a 102,5 milhões de toneladas.


Soja

Ao contrário do milho, a soja aumentou a produção este ano em 8,9%. A produção recorde será de 135,9 milhões de toneladas.


Feijão

Produção de feijão foi atingida com força pelo clima. A terceira safra encontra-se em fase de colheita. A Conab estima uma safra de 2,86 milhões de toneladas, 11,4% menos do que a anterior.

Arroz

O arroz é uma cultura que fugiu aos problemas e a Conab estima que a safra deste ano será 5% maior do que a do ano passado, com 11,75 milhões de toneladas.


Algodão

O algodão teve redução na safra. Com produção estimada em 2,36 milhões de toneladas de pluma, indica uma quebra de 21,5%. No caso, a quebra está mais ligada ao tamanho da área plantada do que a questões climáticas.

Culturas de inverno

As chamadas culturas de inverno (Saras & Mercado lista aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale) com aumento de 13,1% da área plantada. Com isso, espera-se que apenas o trigo tenha uma safra de 8,15 milhões de toneladas (ainda a depender das questões climáticas até o final de outubro).

 

O que diz a Conab sobre o Mercado


No âmbito externo, o algodão em pluma e a soja seguem com cenário positivo no mercado internacional. Neste levantamento, a Conab manteve em 2,1 milhões de toneladas a previsão do volume exportado da fibra na safra 2020/21 e em aproximadamente 83 milhões de toneladas a exportação prevista de soja para o ano. Por outro lado, foi reduzida a previsão do volume exportado de milho.

No caso do cereal, a partir dos efeitos do clima na produção e da reversão do destino de contratos de exportação para o mercado doméstico, a expectativa é de queda nas exportações em 37%, o que corresponde a 22 milhões de toneladas ao final da safra. A projeção de importação manteve-se inalterada em 2,3 milhões de toneladas.

Quanto ao trigo, para a nova safra a Companhia espera aumento de produção aliado ao incremento do consumo interno em 3,71%. O cenário é favorável, de modo que os estoques de passagem estarão em níveis mais confortáveis. Para estes, a previsão é que fechem o ano em 1,36 milhões de toneladas, volume próximo ao observado em safras anteriores a 2019/20.

Em relação aos preços dos produtos nas principais praças, observou-se, no mês de agosto, em comparação com o mês de julho, as seguintes elevações: 7,2% no arroz do RS; 3,5% no feijão cores de SP; 4,5% no feijão preto do PR; 14% no preço do milho em MT; 7,8% no trigo do PR; 6,8% na soja em MT; 3,76% no PR; e ainda elevação de 5,8% nos preços do algodão em MT.

Os dados completos sobre o 12° Levantamento da Safra de Grãos 2020/21 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab. Outras informações sobre os efeitos do clima nas safras são disponibilizadas regularmente nas edições do Monitoramento de Geadas e no Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab.


Da Redação.


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