Embora o laboratório referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, Canadá, tenha confirmado dois casos da doença da vaca louca no Brasil, isto não deve representar riscos para a cadeia de produção bovina, de acordo com o laboratório. A informação é da Agência Brasil e foi repassada ao Serviço Veterinário Oficial do Brasil.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) informa que "o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos".
Entenda o caso
Dois casos atípicos de mal da vaca louca foram identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). A confirmação foi pelo laboratório de referência da OIE, em Alberta, no Canadá.
Os dois casos atípicos, um em cada estabelecimento, foram detectados durante a inspeção realizada antes do abate dos animais. “Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito [deitadas] nos currais”, explicou o Ministério da Agricultura, por meio de nota.
No sábado (4), a pasta confirmou que os casos estavam sendo investigados e, por protocolo, anunciou que as exportações de carne bovina para a China estavam suspensas. A medida ficará em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
O país asiático é o principal destino da carne brasileira, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). No mês de julho foram exportadas 91.144 toneladas do produto, crescimento de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2020, com alta de 19,1% nas receitas, somando US$ 525,5 milhões. No acumulado de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020.
Da Redação, com informações da Agência Brasil.