As exportações do agronegócio brasileiro em fevereiro totalizaram US$ 11,24 bilhões, uma queda de 2,5% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo dados do Ministério da Agricultura. Apesar da retração em alguns produtos tradicionais, o setor demonstrou capacidade de diversificação, ampliando a presença de novos itens no mercado internacional.
De acordo com o ministério, produtos como óleos essenciais de laranja tiveram um crescimento de 14,9%, alcançando US$ 37,1 milhões em exportações, com forte demanda da União Europeia e China. Outro destaque foi a pimenta piper seca, que registrou um avanço de 146,6%, totalizando US$ 49,2 milhões em exportações. As sementes oleaginosas, especialmente o gergelim, também apresentaram crescimento expressivo, com alta de 213,8%, atingindo US$ 33,7 milhões e ampliando as oportunidades comerciais na Ásia e no Oriente Médio.
O volume exportado de grãos e farelo de soja foi de 8,9 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação a fevereiro de 2024.
Em fevereiro de 2025, os segmentos que mais contribuíram para as exportações do agronegócio foram: Complexo soja (29,2% do valor exportado); Carnes (19,7% do valor exportado); Produtos florestais (11,4% do valor exportado); Café (9,9% do valor exportado); Complexo sucroalcooleiro (7,8% do valor exportado); e Cereais, farinhas e preparações (5,0% do valor exportado).
A participação conjunta desses setores no total das exportações foi de 83,1%, uma redução de 1,9 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024.
O volume total exportado pelo agronegócio brasileiro caiu 5,4%, impactado principalmente pela redução nas exportações de açúcar (-39,3%), madeiras e suas obras (-27,0%), sucos (-24,2%) e café verde (-20,5%).
Enquanto as exportações registraram retração, as importações de produtos agropecuários cresceram 16%, passando de US$ 1,44 bilhão em fevereiro de 2024 para US$ 1,67 bilhão no mesmo mês de 2025. O aumento reforça a necessidade de equilíbrio na balança comercial do setor.