A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), emitiu um parecer neta segunda-feira (6) informando que após análise ficou provado que os dois casos da doença da vaca louca registrados no Brasil não são problema e que estão resolvidos.
A decisão vai acelerar a volta das exportações da carne bovina. Elas foram suspensas no último sábado (4) pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) após a constatação de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Um em Minas Gerais e o outro no Mato Grosso.
Após a constatação da existência dos casos, o MAPA suspendeu as exportações temporariamente, atendendo a um protocolo assinado com países importadores. O maior deles, a China.
O CEO da Agrifatto, Lygia Pimentel, em vídeo divulgado no Instagram da consultoria na segunda-feira (06) disse, segundo o site CarneTec, que “a OIE já deu os casos como encerrados, a ministra Teresa Cristina já marcou reunião com a China para amanhã (quarta-feira (7), então estamos na torcida para que tudo se restabeleça o mais rápido possível”,
Um dos grandes exportadores brasileiros, o Grupo Minerva, informou em comunicado que espera que a suspensão fosse curta. Para evitar a continuidade das operações principalmente com a China, o rupo decidiu usar 4 plantas que tem no Uruguai e na Argentina, de uma subsidiária, chamada Athenas Foods. Ambas estão habilitadas para exportar para a China. As unidades exportadoras no Brasil são em Barretos, Palmeira de Goiás e Rolim de Moura.
Outra grande exportadora brasileira para a China é a Marfrig. A empresa esperava a retomada em breve das exportações porque, segundo acredita, a “a situação estava dentro dos parâmetros regulares” nas questões fitossanitárias.
A empresa informou que “por se tratar de casos de EEB atípicos, a OIE deveria manter inalterado o status do Brasil, que atualmente possui status de risco insignificante, encerrando o episódio”, informa o CarneTec. “O tratamento que vem sendo dado ao caso comprova a eficiência e a transparência dos mecanismos brasileiros de rastreabilidade e de controle sanitário”.
A Marfrig tem 13 plantas habilitadas espalhadas pela América Latina habilitadas para exportar carnes para a China. Sete delas, no Brasil, 4 no Uruguai e 2 na Argentina. De toda a produção do Grupo, 5,6% das receitas são provenientes da China. Os dados são do primeiro semestre deste ano.
Da Redação.