21/07/2021 às 15h31min - Atualizada em 21/07/2021 às 15h31min

Neoenergia lucra R$ 1 bi no 2º trimestre, alta de 137% e recorde para o período

A Neoenergia registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 1 bilhão no segundo trimestre, alta de 137% em relação ao mesmo período de 2020. No acumulado do primeiro semestre, o lucro da companhia soma R$ 2 bilhões, alta de 101%.

A receita líquida avançou 51% no comparativo trimestral, para R$ 9,97 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,3 bilhões, alta de 108% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro líquido bilionário é o maior já alcançado pela empresa nesse período, segundo a base de dados do Valor Pro. Mas não só a última linha: a receita de vendas e o lucro operacional de R$ 1,36 bilhão também são recordes.

As despesas operacionais da companhia somaram R$ 869 milhões, alta de 22% no comparativo anual. A Neoenergia afirma que o resultado foi impactado pela paralisação de atividades de corte de energia no segundo trimestre do ano passado, “por proibição da Aneel ou por dificuldades impostas pela pandemia”.

A energia distribuída nos mercados livre e cativo cresceu 12,2%, para 16,6 mil gigawatts-hora (GWH), enquanto o volume de energia injetada avançou 11%, alcançando 18,7 mil GWh. A Neoenergia afirma que a alta de volumes das distribuidoras confirma a recuperação do mercado nas áreas de concessão. Nos seis primeiros meses deste ano, foi registrada alta de 6,85% na energia injetada, para 37,2 mil GWh.

O consumo residencial cresceu em quatro das cinco distribuidoras do grupo, aumento de 2,5% no período. Na indústria cativa o avanço foi de 4,5% no trimestre. Considerando o mercado livre, o aumento é de 27,8%, impulsionado pelo retorno das atividades econômicas, segundo comentário da empresa, que acompanha as demonstrações financeiras divulgadas na noite desta terça-feira (20). A classe comercial cativa cresceu 10,8%. A classe rural cresceu 19,9%, com “aumento do agronegócio e maior demanda de irrigação”.

“A performance da Neoenergia é reflexo da recuperação do mercado, após um período de maior isolamento, em função da pandemia de covid-19. Os números expressivos são fruto do nosso esforço em diversos aspectos, como a operação de combate a perdas, a redução do número perdas, que registrou o melhor índice nas distribuidoras, em especial na Coelba e na Celpe”, afirmou, em comunicado, o presidente da companhia, Mario Ruiz-Tagle.

O volume de investimentos entre janeiro e junho cresceu 51% ante o primeiro semestre do ano passado em razão do avanço de projetos de transmissão e energia eólica.

Além disso, em maio, a companhia anunciou a antecipação do início das obras do complexo solar Santa Luzia (PB), que tinham início previsto apenas para o segundo semestre do ano. Com capacidade instalada total de 149,3 MWp, o empreendimento é o primeiro da companhia para a geração fotovoltaica centralizada. A previsão é de entrada em operação em 2022. Como antecipado na prévia operacional da companhia, a geração de energias renováveis caiu 0,56% no comparativo trimestral, para 3,3 mil GWh. Já a geração térmica cresceu 531%.

O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, foi de 3,03 vez ao final do trimestre passado, avanço de 0,18 ponto percentual ante o ano anterior. O rating corporativo, medido pela agência de classificação de risco S&P, permanece em “AAA”.

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