A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (31) a realização de audiência pública com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para explicar a manifesto-que-pede-pacificao-poltica.ghtml'>ameaça de que a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil saiam da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) após a entidade decidir apoiar um manifesto pedindo a harmonia entre os Poderes e em defesa da democracia.
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O presidente da comissão, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), é o autor dos requerimentos e criticou o uso dos bancos públicos para pressão política e não para ajudar no desenvolvimento da economia. “Conseguiram desempregar até o desempregado. Quem perdeu o seu negócio ou emprego foi dirigir Uber, mas não está conseguindo rodar por causa do alto preço da gasolina. E o ministério se perde em discussões ideológicas”, afirmou.
Os parlamentares também fizeram convites para que os presidentes da Febraban, Isaac Sidney, da Caixa, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, e do Banco Central, Roberto Campos Neto, falem sobre o tema. O governo pediu que o convite deixasse explícito que eles poderiam enviar representantes, mas a comissão rejeitou isso.
O deputado Sanderson (PSL-RS), vice-líder do governo, reclamou da divulgação de notas criticando o governo Bolsonaro. “Não lembro dessas notas, dessas críticas, nos governos corruptos anteriores”, afirmou. Ele criticou ainda que a Caixa e o Banco do Brasil “paguem fortunas para serem sócios de um sindicato de bancos”, mas afirmou que o ministro estava à disposição para dar explicações nos dias 22 de setembro ou 29.
O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) disse que não via problema em transformar a convocação de Guedes em convite porque o vice-líder do governo já tinha dado uma data possível para que o ministro se explicasse em audiência pública, mas que espera que Guedes não falte na data agendada. “Já tivemos problemas anteriormente com a ausência dele numa audiência marcada, o que gerou problemas políticos e jurídicos”, lembrou.