O Brasil está enfrentando uma forte onda de calor que começou na última quarta-feira (12) e deve persistir até o dia (21) de fevereiro. Segundo a Climatempo, esse fenômeno atinge toda a região Sudeste, grande parte do Sul, do Centro-Oeste e do Nordeste, além de uma pequena área no Tocantins.
As temperaturas podem chegar aos 40ºC em várias regiões, como no Rio de Janeiro, noroeste de Minas Gerais, oeste da Bahia, Vale do São Francisco e na região do sertão entre a Bahia, Pernambuco e Piauí. Nas capitais São Paulo e Belo Horizonte, a previsão é de máximas em torno de 35ºC, enquanto Vitória pode alcançar 38ºC.
A explicação para esse calor intenso está na diminuição das chuvas na região central do país, o que prolonga os períodos de sol e, consequentemente, eleva as temperaturas. “A chuva regula a temperatura”, explica Desirée Brandt, meteorologista da Nottus.
No entanto, isso não significa que não vai chover. “Eventualmente podem ocorrer alguns episódios de chuva, de forma rápida e localizada e a chuva mais significativa já tem data para voltar”, afirma a meteorologista. A expectativa é que, no final de fevereiro, o corredor de umidade volte a atuar entre o Sudeste e o Centro-Oeste, trazendo gradualmente a chuva de volta às áreas produtoras.
Outro fator que contribui para as altas temperaturas é a direção dos ventos. Com os sistemas de chuva concentrados no Sul do Brasil, os ventos que sopram para o Centro-Oeste e o Sudeste vêm do norte e noroeste do país, carregando ainda mais calor para essas regiões.
Enquanto a maioria das regiões enfrenta calor intenso e pouca chuva, Mato Grosso segue na contramão, com precipitações constantes. Produtores do oeste do Estado e da região da BR-163 aguardam uma janela de tempo seco para avançar com a colheita.
Apesar disso, a previsão é que a chuva diminua em Mato Grosso ao longo da próxima semana, o que deve favorecer a colheita e a instalação do milho segunda safra.
A situação é mais preocupante no Matopiba (região que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do nordeste de Goiás e do noroeste de Minas Gerais.
Nesses locais, a chuva praticamente cessou, prejudicando o desenvolvimento das lavouras. Segundo Desirée Brandt, a expectativa é que as chuvas só retornem no final de fevereiro, o que aumenta a preocupação dos produtores.
Com o calor intenso e a redução das chuvas, o Brasil enfrenta desafios tanto no campo quanto nas cidades, exigindo atenção redobrada da população e do setor agrícola.