O mercado brasileiro de trigo continua com poucos negócios, reflexo da posição dos moinhos, que alegam não ter espaço para novas compras até meados de março. Segundo o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, há um distanciamento entre os preços pedidos e ofertados para retiradas mais longas, o que dificulta as transações.
Os vendedores pedem entre R$ 1.350 e R$ 1.400 por tonelada, enquanto a paridade de importação aponta para valores acima de R$ 1.450 no FOB das regiões produtoras do Paraná e do Rio Grande do Sul. No estado gaúcho, trigo milling foi negociado a R$ 1.320 por tonelada, enquanto o feed wheat teve vendas pontuais para o Paraná a R$ 1.170 por tonelada. Já no Paraná, compradores indicam R$ 1.400 por tonelada, mas os vendedores pedem R$ 1.500.
As exportações de trigo também recuaram. Segundo a ANEC, o Brasil deve embarcar 478,2 mil toneladas do cereal em fevereiro, abaixo das 538,4 mil toneladas do mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as exportações somam 1,136 milhão de toneladas, frente a 1,224 milhão nos primeiros dois meses de 2024.