O financiamento da agropecuária brasileira ainda está preso a um modelo baseado na intermediação bancária e na dependência de recursos públicos para equalização de juros. Com a alta dos juros e a restrição fiscal, torna-se urgente buscar novas estratégias, indo além do Plano Safra.
Alternativas já existem, como os Fiagros e FIDCs, que permitem maior participação do mercado de capitais no setor. No entanto, a falta de políticas públicas voltadas à ampliação desse modelo impede a transição. Um fundo garantidor robusto e incentivos ao seguro rural poderiam reduzir riscos e atrair mais investimentos privados.
O governo tem a oportunidade de estruturar um Plano Plurianual Agrícola que ofereça previsibilidade e modernize o financiamento do setor. Sem essa mudança, a dependência do crédito subsidiado continuará limitando o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro.