O mês de janeiro de 2025 tem sido desafiador para os produtores de soja no norte de Mato Grosso. As chuvas intensas e constantes têm causado prejuízos significativos nas lavouras, comprometendo a qualidade dos grãos e dificultando a colheita. Em algumas regiões, as perdas já chegam a 20%, podendo atingir até 50% caso as condições climáticas adversas persistam.
A alta umidade tem provocado brotação prematura e germinação dos grãos, reduzindo a produtividade e impactando a qualidade da safra. Além disso, a falta de luminosidade devido aos dias consecutivos de chuva tem dificultado a fotossíntese, comprometendo o peso do grão. Outro problema enfrentado pelos produtores é o controle de pragas, como a mosca branca, cuja infestação se agrava com as dificuldades de aplicação de defensivos.
A situação se torna ainda mais crítica devido à infraestrutura precária da MT-322, principal via de escoamento da produção. Sem pavimentação adequada, a estrada se torna intransitável em vários trechos, impedindo o transporte da soja para os armazéns e provocando atrasos na logística. O acúmulo de água dificulta a passagem de caminhões, agravando ainda mais os desafios enfrentados pelos produtores.
Diante desse cenário, sojicultores estão redobrando esforços para salvar o que ainda é possível da safra. Em algumas propriedades, a colheita já foi iniciada, mas as condições climáticas continuam dificultando o avanço dos trabalhos. A necessidade de soluções urgentes para melhorar a infraestrutura viária e minimizar os prejuízos na produção é um apelo crescente dos produtores, que já contabilizam grandes perdas.