31/08/2021 às 09h57min - Atualizada em 31/08/2021 às 14h30min

Polícia Federal desarticula quadrilha especializada em defensivos ilegais

Uma ação da Polícia Federal do Paraná realizada na manhã desta terça (31), desarticulou uma quadrilha que atuava com defensivos ilegais, estabelecida em Santa Terezinha do Itaipu, no extremo oeste paranaense. A operação Rute Negra cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária contra integrantes da quadrilha especializada na importação, comercialização e transporte criminosos de defensivos agrícolas ilegais. 

Mais de 80 policiais federais cumpriram as determinações nas cidades de Santa Terezinha de Itaipu (PR), Foz do Iguaçu (PR), São Miguel do Iguaçu (PR), Medianeira (PR), Ubiratã (PR), Irati (PR) e Lucas do Rio Verde (MS).

A Agência Brasil relata que “um dos produtos mais importados pelos bandidos era o benzoato de emamectina, popularmente conhecido como ““Benzo””, utilizado no combate à Helicoverpa armigera, espécie de lagarta comum nas lavouras brasileiras de soja, milho, feijão e algodão. Em razão de ser muito poluente, o benzoato de emamectina era absolutamente proibido no Brasil até o ano 2017. Posteriormente, foi liberado seu uso em concentração máxima de até 5%. Durante as investigações, foram realizadas apreensões de benzoato de emamectina em concentrações de até seis vezes maiores do que a permitida”, conclui.

Histórico

A Polícia Federal informa que a operação começou em fevereiro de 2019, após a apreensão de cargas de agrotóxicos que vinham do Paraguai. O grupo já contabiliza outras 10 prisões em flagrante por importação, transporte, receptação de veículos furtados ou roubados e adulteração de placas. As detenções anteriores foram em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, Corbélia (PR), Céu Azul (PR) e São Miguel do Iguaçu (PR).

Transporte

Nesta terça-feira a PF apreendeu 1,8 tonelada de agrotóxicos ilegais, com valor de mercado estimado em R$ 3,6 milhões. E encontraram três veículos furtados ou roubados. Foram feitas dez prisões.

O grupo, uma organização criminosa, agia desde 2005, segundo as investigações. Poe ter contrabandeado dezenas de toneladas de defensivos agrícolas sem registro regular no Brasil.  A origem seria a China. O defensivo mais usado tem valor de mercado a R$ 2 milhões a tonelada.

A Polícia Federal revela que “a importação ocorria por meio do lago de Itaipu, em pequenas embarcações, que utilizavam portos clandestinos da região. Em seguida, os agrotóxicos eram armazenados em entrepostos situados em Santa Terezinha de Itaipu e Ubiratã até serem comercializados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Amazonas e Pará”.

O grupo percorria as estradas do país em comboios de 3 a 5 caminhões e provocaram fugas agressivas. Os crimes são evasão fiscal e ambientais. Há indícios de “que os criminosos receptavam carros roubados ou furtados, adulterando suas placas. Esses veículos eram utilizados para o transporte dos agrotóxicos”, relata a Agência Brasil.

Os investigados terão que responder pelos crimes de importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada, falsificação de documentos e de organização criminosa. Se condenados, podem receber penas de até 35 anos de prisão. O gruo tinha em Foz do Iguaçu uma pessoa dentro de uma agência bancária que abria contas com documentos falsos e fazia a movimentação do dinheiro obtido pelo bando.

Além da prisão do líder do bando, cuja identidade não foi divulgada pela PF, e de seus dois principais auxiliares, foram apreendidos dinheiro, veículos, embarcações e imóveis, supostamente obtidos em razão das práticas criminosas.

Crimes

Os investigados terão que responder pelos crimes de importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada, falsificação de documentos e de organização criminosa. Se condenados, podem receber penas de até 35 anos de prisão.

Da Redação.


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