A síndrome da murcha da cana-de-açúcar, uma das mais graves ameaças à cultura, já impacta cerca de 30% das áreas de cultivo no Brasil, equivalente a aproximadamente 3 milhões de hectares. A doença pode reduzir em até 45% o rendimento das lavouras, comprometendo a produção de açúcar e etanol ao afetar os níveis de sacarose e a qualidade do caldo extraído.
Os sintomas incluem colmos murchos, coloração avermelhada ou marrom glacê nos internos e, em casos severos, estruturas fúngicas visíveis. Fungos como Pleocyta sacchari, Colletotrichum falcatum e Fusarium spp. foram identificados como principais causadores. Eventos climáticos extremos, como secas e variações bruscas de temperatura, têm acelerado a disseminação da doença, especialmente em estados como São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Pesquisas conduzidas pela Syngenta, em parceria com instituições como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), apontaram o fungicida Invict, com o ativo solatenol, como uma solução eficaz contra os patógenos associados à síndrome. Além disso, o manejo integrado, que inclui o corte antecipado e o desenvolvimento de variedades resistentes, é fundamental para mitigar os danos.
“Precisamos unir esforços para minimizar os impactos da síndrome e garantir a sustentabilidade da produção de cana no Brasil”, afirma Thales Barreto, gerente da Syngenta. Apesar dos avanços, a doença já causou perdas significativas na última safra, reforçando a urgência de diagnóstico e monitoramento contínuos para proteger uma das principais cadeias produtivas do país.