30/08/2021 às 18h00min - Atualizada em 30/08/2021 às 18h00min

Em NY, S&P 500 e Nasdaq atingem novos recordes e Dow Jones recua

O S&P 500 e o Nasdaq renovaram suas máximas históricas, estendendo os recordes anotados na última sexta-feira (27), enquanto o Dow Jones cedeu terreno após operar brevemente em alta no começo da sessão desta segunda (30). Os índices melhoraram o sinal após a divulgação de um dado surpreendentemente fraco do mercado imobiliário americano.

O índice Dow Jones fechou em leve queda de 0,16%, a 35.399,84 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,43%, a 4.528,79 pontos, e o Nasdaq avançou 0,90%, a 15.265,89 pontos.

As vendas pendentes de imóveis residenciais caíram em 1,8% em julho nos EUA, de acordo com dados divulgados nesta segunda pela Associação Nacional dos Corretores Imobiliários (NAR). O dado contraria a expectativa dos economistas consultados pelo "Wall Street Journal", de alta de 0,5% no período.

"O mercado pode estar começando a esfriar um pouco, mas, no momento, ainda não há oferta suficiente de casas para suprir a demanda de compradores em potencial", disse Lawrence Yun, economista-chefe da NAR. "Isso dito, os inventários estão crescendo lentamente, e os compradores devem começar a ter mais opções nos próximos meses."

O dado parece aliviar um pouco os temores em torno da inflação, que tem sido, em parte, impulsionada pela disparada dos preços dos imóveis e tem, por sua vez, pressionado o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a considerar uma retirada antecipada de estímulos monetários para evitar um superaquecimento da economia americana.

Na última sexta-feira passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou a postura de que ainda acredita que a pressão inflacionária se deve, em grande parte, a fatores transitórios, o que favorece o argumento de que o BC americano não deve se apressar com a redução das compras de ativos.

Powell não deu uma sinalização clara sobre quando esperar a retirada de estímulos, seguindo o roteiro amplamente esperado pelos investidores. O chefe da autoridade monetária ainda fez um aceno "dovish" (favorável à manutenção dos estímulos) ao afirmar que o fim da compra de títulos não virá necessariamente acompanhado do aumento das taxas de juros. Tudo isso ajudou o S&P 500 e o Nasdaq a fecharem a semana passada em novos recordes.

Nesta semana, a atenção deve se voltar aos dados de emprego dos Estados Unidos que serão divulgados na sexta (3) e podem indicar se o próximo encontro do comitê do Fed discutirá a redução de estímulos ou se isso será postergado para a reunião de novembro.

Nos índices setoriais do S&P 500, o ramo de tecnologia liderou os ganhos, em alta de 1,16%, com destaque para o avanço de 3,04% da Apple, cujos papéis atingiram o seu maior valor histórico, a US$ 153,12. Também fecharam no verde a Amazon, com avanço de 2,15%, a Microsoft, com alta de 1,29% e o Alphabet (Google), crescendo 0,41%.

Outro destaque do dia foi o PayPal, cujos papéis avançaram 3,64%, após a CNBC informar que a empresa está avaliando a possibilidade de ter uma plataforma para negociar ações. A notícia derrubou em 6,89% os preços dos papéis da Robinhood, empresa de aplicativos para negociações em smartphone.

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