O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na sexta-feira (10) seu relatório mensal de oferta e demanda, apresentando dados que pressionaram os preços futuros do trigo nas bolsas internacionais. Diferentemente da soja, cujo cenário foi mais otimista, o cereal registrou leve alta na produção global, subindo de 792,9 para 793,2 milhões de toneladas. Os estoques finais globais também foram revisados, de 257,8 para 258,8 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, os estoques finais foram ajustados de 21,6 para 21,7 milhões de toneladas. Para o Brasil, a estimativa de importações passou de 6,2 para 6,4 milhões de toneladas, refletindo um leve aumento na demanda interna.
O relatório também destacou mudanças na Rússia, com uma redução na projeção de exportações de 47 para 46 milhões de toneladas, mas elevação nos estoques finais de 8,24 para 9,2 milhões. Na China, a produção teve leve alta, de 140 para 140,1 milhões de toneladas, enquanto as importações caíram de 11 para 10,5 milhões de toneladas.
Os ajustes, embora modestos, foram suficientes para pressionar os preços futuros do trigo em Chicago, refletindo as expectativas de maior disponibilidade global do cereal e reposicionamento do mercado diante do cenário apresentado pelo USDA.