A receita das exportações do agronegócio brasileiro alcançou 164,4 bilhões de dólares em 2024, uma queda de 1,3% em comparação ao recorde de 2023, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira. Apesar do crescimento em setores como carnes, açúcar e celulose, o tombo nas vendas externas de soja e milho foi determinante para o recuo.
O complexo da soja (grãos, farelo e óleo) apresentou queda de 19,8%, somando 53,9 bilhões de dólares, devido a uma safra menor e redução nos preços internacionais. O volume exportado caiu 2,7%, enquanto os preços recuaram 17,6%. O milho seguiu a mesma tendência, com receita 40% menor, totalizando cerca de 8 bilhões de dólares.
Por outro lado, as exportações de carnes cresceram 11,4%, gerando 26,18 bilhões de dólares, impulsionadas pelo aumento dos volumes embarcados. O setor de açúcar avançou 18,1%, alcançando 18,6 bilhões de dólares, enquanto produtos florestais, como a celulose, cresceram 21,2%, totalizando 17,3 bilhões de dólares. Destaque também para o café, cuja receita subiu 52,6%, e o algodão, com crescimento anual de 60%, atingindo 5,5 bilhões de dólares.
Com expectativas de safra recorde para soja e milho, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, projeta novos patamares para as exportações em 2025, tanto em volume quanto em valor. A safra de soja pode atingir 170 milhões de toneladas, o que seria um marco histórico.
A China permanece como principal destino das exportações brasileiras, representando quase um terço do total, com 49,7 bilhões de dólares. União Europeia e Estados Unidos seguem como segundo e terceiro maiores mercados, com 23,2 bilhões e 12,1 bilhões de dólares, respectivamente.