30/08/2021 às 14h00min - Atualizada em 30/08/2021 às 14h00min

Bolsonaro culpa “ganância” de governadores pelos preços dos combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o "grande problema" sobre o preço dos combustíveis é a "ganância" de governadores na cobrança de ICMS. O preço da gasolina está "barato" nas refinarias, segundo Bolsonaro, mas chega às bombas com excesso de tributos e de custos para transporte. Em entrevista à rádio Fonte FM, de Goiás, ele também afirmou que a "obsessão" do presidente americano, Joe Biden, com o meio ambiente "atrapalha" o Brasil.

Além de criticar os gestores estaduais pela tributação dos combustíveis, Bolsonaro voltou a culpá-los pela alta no preço do gás de cozinha.

"O preço [dos combustíveis] não está alto, está alto na bomba. Nas refinarias, o preço médio da gasolina está em torno de R$ 2. O que pesa muito no preço final da gasolina em todo o Brasil é o valor cobrado de ICMS, os governadores não cobram em cima do preço da refinaria, em média 30%, cobram em cima do preço final. Há uma bitributação. Então, o grande problema dos combustíveis é a ganância de muitos governadores de cobrar ICMS em cima do preço médio final", afirmou. "É um crime o que acontece, um assalto explícito em cima do consumidor".

Questionado sobre a relação de seu governo com os EUA, o presidente afirmou que mantém portas abertas e faz questão de ter boa relação com os americanos. Criticou, porém, a preocupação de Biden com questões climáticas e de preservação do meio ambiente.

"O governo Biden é mais de esquerda, tem quase obsessão pela questão ambiental, isso nos atrapalha um pouco", disse.

Bolsonaro também foi questionado sobre seu discurso no último fim de semana, em Goiás, quando disse que tem três alterativas para o futuro: estar preso, morto ou no exercício de um novo mandato de presidente da República.

"Quis dizer que está uma pressão muito grande", justificou, citando o inquérito das fake news aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do qual é alvo. "O que eles querem? Aguardar o momento de me aplicar uma sanção restritiva, quem sabe, quando deixar o governo lá na frente. Isso não é trabalho que se faça, você não pode ficar ameaçando os outros", bradou.

Na linha dos últimos ataques a ministros da Corte, o presidente afirmou que "não podemos nos submeter a um ou dois ministros" e criticou a prisão de aliados seus por divulgação de notícias falsas e ataques a instituições democráticas.

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