Campanha de vacinação contra brucelose em São Paulo vai até 30 de junho
Nova normativa elimina a necessidade de declaração do proprietário, tornando o processo mais ágil e seguro
- Da Redação, com Canal Rural
06/01/2025 11h02 - Atualizado há 1 semana
Foto: Divulgação
A Campanha de Vacinação contra a Brucelose foi oficialmente iniciada em todo o estado de São Paulo, com previsão de vacinação das bovinas e bubalinas de três a oito meses até o dia 30 de junho de 2025. A informação foi confirmada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado, após a publicação da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34.
A ação, que agora passa a ocorrer durante todo o ano, visa controlar a brucelose, uma doença que afeta a sanidade do rebanho e pode prejudicar a produção agropecuária. Uma das principais mudanças nesta edição da campanha é a eliminação da obrigatoriedade de o proprietário ou responsável pelos animais declarar a vacinação.
Agora, o processo foi simplificado, e o médico-veterinário responsável pela aplicação do imunizante é quem se encarrega de validar o procedimento, registrando o atestado de vacinação no sistema informatizado Gedave, dentro do prazo máximo de quatro dias após a aplicação. Em casos de divergências nos dados do rebanho, os envolvidos receberão notificações eletrônicas para regularização.
A vacina, por ser viva, pode apresentar riscos à saúde humana durante sua manipulação. Por isso, a aplicação deve ser feita exclusivamente por médicos-veterinários cadastrados, garantindo que a vacina seja administrada corretamente e com segurança.
A novidade também inclui um modelo alternativo de identificação dos animais vacinados, que substitui a tradicional marcação a fogo. Essa mudança visa melhorar o bem-estar dos animais e aumentar a segurança no manejo. O Ministério da Agricultura e Pecuária aprovou a utilização de bottons como método de identificação: o botton amarelo será utilizado para as vacinas com a B19, enquanto o botton azul será destinado às fêmeas vacinadas com a vacina RB 51.
Em caso de perda ou dano do botton, o produtor deve solicitar uma nova aplicação. Contudo, a utilização dessa identificação alternativa será válida apenas dentro do estado de São Paulo, não sendo permitida a circulação de animais identificados de forma alternativa para outros estados do Brasil.
A CDA também reforça que a fiscalização continua sendo uma prioridade, e o registro correto de vacinação no sistema será monitorado. Caso haja divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho registrado no sistema, os responsáveis serão notificados para corrigir as pendências e garantir a validação da declaração de vacinação.