21/07/2021 às 15h31min - Atualizada em 21/07/2021 às 15h31min

Dólar acompanha exterior em dia de volatilidade

Após uma manhã marcada pela volatilidade, o mercado de câmbio adotou uma dinâmica bastante atrelada ao exterior, onde o dólar exibe desvalorização ante a maioria das moedas emergentes neste início de tarde. Assim, após ter subido a R$ 5,2777 na máxima do dia, o dólar reverteu o movimento de alta e, por volta de 13h, caía 0,06%, negociado a R$ 5,2278.

  • Leia também: Ibovespa tenta ampliar recuperação com blue chips, mas carece de fluxo

“Os últimos dias têm sido bem voláteis, mas hoje estamos atrelados ao exterior. Hoje o petróleo está voltando a subir, o S&P 500, após a queda de segunda-feira, atraiu compradores e o ‘trade’ de reflação está voltando um pouco”, afirma um gestor macro que prefere não se identificar. Ele nota que as moedas emergentes sofreram mais no período matutino, mas enfatiza que, como esse movimento se inverteu, o dólar também abandonou as máximas do dia contra o real.

Durante a manhã, a alta de mais de 6 pontos-base do retorno da T-note de dez anos influenciou o movimento do mercado de câmbio local, mas esse sentimento se inverteu após a queda mais firme do índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas fortes. No horário acima, o DXY caía 0,19%, para 92,80 pontos. Mais cedo, o indicador chegou a 93,19 pontos na máxima do dia, o que também colocou pressão sobre as moedas emergentes.

“Acreditamos que o recente movimento ‘bearish’ [negativo] nos mercados globais enfatizou ainda mais as diferenças entre as economias emergentes e os riscos financeiros”, apontam os estrategistas do Deutsche Bank. Para eles, há bons motivos para acreditar que as pressões inflacionárias irão diminuir globalmente em 2022, e assim permitirão que os bancos centrais priorizem a relação tradicional entre crescimento econômico e inflação. “No entanto, as restrições de prêmio geralmente se vinculam a emergentes de maior risco e é mais provável que prevaleçam se os temores de estagflação aumentarem”, afirmam os profissionais.

De forma geral, o Deutsche nota que as moedas de países da América Latina permanecem desvalorizadas em relação aos fundamentos e ao nível justo. Em suas recomendações, os estrategistas do banco alemão favorecem o real e o peso mexicano por sua exposição externa limitada e posições mais “hawkish” [inclinadas ao aperto monetário] dos bancos centrais. Assim, o Deutsche prefere tanto o real quanto o peso mexicano em relação ao peso colombiano, ao peso chileno e ao novo sol peruano.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.