Foto: Luiz Henrique Machado/Corpo de BombeirosO desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, lançou no rio Tocantins três caminhões transportando defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, gerando temor quanto à contaminação das águas. Em resposta, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranhão (SEMA/MA), deu início ao monitoramento da qualidade da água em cinco pontos, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até Imperatriz (MA).
A coleta das amostras será realizada pela SEMA/MA, que verificará os parâmetros básicos de qualidade da água no trecho afetado. A ANA também solicitou apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) para análises mais complexas, considerando o impacto das substâncias químicas derramadas.
Impactos e ações
O acidente pode afetar diretamente 19 municípios ao longo do rio Tocantins, 11 no estado do Tocantins e oito no Maranhão, até a confluência com o rio Araguaia. Por precaução, o governo do Maranhão recomendou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios situados a jusante do local do acidente, até que a segurança do consumo seja confirmada.
Além disso, a ANA está calculando o tempo de chegada da pluma de contaminantes às localidades impactadas e compartilhando essas informações com autoridades federais e estaduais. O objetivo é auxiliar no gerenciamento dos riscos e na proteção dos moradores.
A importância do Tocantins
Com 2.400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água exclusivamente brasileiro, cruzando estados como Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Sua gestão é de responsabilidade da ANA, devido ao seu papel interestadual e sua importância para a economia e o abastecimento das populações ribeirinhas.
