Foto: reprodução As exportações brasileiras de carne bovina e suína apresentaram desempenhos distintos até a segunda semana de dezembro de 2024, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Enquanto a carne bovina registrou queda nos embarques e no faturamento, a carne suína mostrou crescimento expressivo no faturamento, apesar de oscilações no volume exportado.
A média diária das exportações de carne bovina registrou queda de 14,3%, com um volume médio de 8,9 mil toneladas por dia, abaixo das 10,4 mil toneladas observadas no mesmo período de 2023. O embarque total acumulado até o momento alcançou 89,3 mil toneladas, um número distante das 208,44 mil toneladas exportadas ao longo de dezembro do ano passado.
Apesar da redução nos volumes exportados, os preços médios pagos pela carne bovina apresentaram alta de 7,9%, atingindo US$ 4.907 por tonelada, contra US$ 4.547 no mesmo período de 2023. Em termos de receita, o valor negociado até a segunda semana de dezembro somou US$ 483,37 milhões, enquanto dezembro de 2023 fechou com US$ 947,87 milhões. A média diária do faturamento também registrou queda de 7,5%, passando de US$ 47,39 milhões em 2023 para US$ 43,83 milhões neste ano.
Em contrapartida, as exportações brasileiras de carne suína fresca, refrigerada ou congelada registraram crescimento expressivo no faturamento diário, com alta de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento médio diário chegou a US$ 12,62 milhões, enquanto em dezembro de 2023 foi de US$ 10,7 milhões.
O volume total exportado nos dez primeiros dias úteis do mês atingiu 50,11 mil toneladas, representando 52,13% do total embarcado em dezembro do ano passado, que foi de 96,11 mil toneladas. Apesar do crescimento anual, houve uma queda semanal de 11,58%, com o volume médio diário passando de 5,67 mil toneladas na semana anterior para 5,01 mil toneladas.
O preço médio por tonelada alcançou US$ 2.520,13, registrando um aumento de 13,1% em relação a dezembro de 2023. Frente à semana anterior, o incremento foi mais modesto, de 0,78%, passando de US$ 2.540,13.
Os dados confirmam um cenário contrastante entre os mercados de carne bovina e suína no Brasil. Enquanto a carne bovina enfrenta desafios com a queda nos volumes embarcados e na receita, a carne suína segue em crescimento no faturamento, impulsionada pelo aumento nos preços médios e pela demanda aquecida no mercado internacional.
