A Confederação Nacional da Indústria (CNI) verificou que, em julho, os 30 setores industriais analisados pela entidade estão confiantes com a economia e a situação de suas empresas.
É o terceiro mês consecutivo em que Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) permaneceu acima dos 50 pontos para todos os setores. Em julho, houve alta de 0,3 ponto na comparação com junho, para 62 pontos, maior nível em 11 anos para o período.
O Icei varia entre zero e cem, e os 50 pontos marcam a linha que separa a confiança da falta dela. Foram entrevistadas 1.316 empresas entre 1º e 7 de julho.
Nos últimos três meses, o indicador acumula alta de 8,3 pontos, se distanciando da média histórica de 53,9 pontos.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o resultado marca um período de confiança disseminada, diferente do período entre março e abril, quando empresários de alguns setores mostraram pessimismo em resposta ao agravamento da pandemia de covid-19 e à necessidade de novas medidas restritivas às atividades econômicas.
A apesar de estar acima de 50 em todos os segmentos industriais, o Icei arrefeceu em 11 deles em julho, na comparação com junho. “Contudo, desses 11, em nove deles, a queda foi inferior ou igual a 1,5 ponto. Os setores que registraram queda de confiança mais intensa foram produtos de borracha, com queda de 3,5 pontos, e bebidas, com um recuo de 2,7 pontos. Mesmo assim, o índice nesses setores continua elevado”, apontou a CNI.