O sistema financeiro concedeu em julho 2,8% a menos em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com junho. O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve queda de 7,2%, segundo divulgou nesta sexta-feira o Banco Central (BC).
As concessões para clientes corporativos caíram 6,6% ante o mês anterior, somando R$ 194 bilhões.
Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 224,4 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, alta de 0,4% em relação a junho.
As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, caíram 6,8%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, aumentaram 29,4%.
As concessões dessazonalizadas de crédito em julho, na comparação com junho, subiram 3,8%. Para as pessoas físicas, houve alta de 1,8%, enquanto para as pessoas jurídicas foi registrada expansão de 4,7%. No crédito livre total, as concessões subiram 0,2%. No crédito direcionado, subiram 36,3%.
A inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% em julho.
Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,5%, também estável. Entre as famílias, foi 2,9%, mais uma vez estável.
No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 3% (2,9% em junho).
No crédito direcionado, foi 1,4%, contra 1,4% também anteriormente.
A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 20% em junho para 20,4% em julho. Em 12 meses, houve alta de 1,3 ponto percentual.
A taxa cobrada das pessoas jurídicas saiu de 12,8% para 13,5%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou estável em 24,6% ao ano.
Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 14,4 pontos percentuais em junho para 14,6 pontos no mês passado.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 19,1 pontos percentuais, contra 19,4 pontos em junho. No crédito às empresas, ficou em 7,1 pontos em julho, contra 6,6 pontos no mês anterior.
O estoque total de crédito imobiliário para as pessoas físicas com recursos direcionados subiu 1,3% em julho na comparação com junho, somando R$ 768,677 bilhões. Em 12 meses, a alta foi de 14%.
Já as concessões, na mesma categoria, caíram 2,6%, para R$ 15,897 bilhões no mês, acumulando alta de 56,9% em 12 meses.
A taxa anual de juros, por sua vez, subiu de 6,7% para 6,8%.