O Brasil não tem nenhuma usina que produz o chamado Hidrogênio verde. Mas a previsão é que o país pode se tornar o maior produtor mundial. O Hidrogênio é um combustível que é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis como carvão ou gás natural. O que gera a carbonização da atmosfera. Esse Hidrogênio é chamado de “cinza”. A informação é da Scot Consultoria, a partir de dados da Agência Internacional de Energia (AIE).
O Hidrogênio verde é separado do oxigênio, a partir da água, por energia solar ou eólica, sem poluição ambiental e se transforma em combustível. O produto é pesquisado como uma alternativa para a transição da matriz energética que existe hoje. Deverá ser fundamental no processo de “descarbonização” da atmosfera.
É altamente rentável e tem uma ampla possibilidade de uso com baixíssima emissão de gases. A Agência Internacional de Energia (AIE) indica o consumo na indústria, nos transportes, nas edificações e nas residências.
Começou
A expectativa da Agência Internacional de Energia é que até 2030, com o avanço de novas tecnologias, o Hidrogênio verde se transforme em um combustível competitivo com baixa emissão de carbono. O Hidrogênio pode ser usado em 20 setores econômicos. Desde transporte marítimo, rodoviário e mesmo na produção de aço.
Hoje, 30 países trabalham em 228 projetos. Perto de 85% estão na Europa, Ásia e Oceania. A Austrália tem os cinco maiores projetos em execução. Em março deste ano a empresa australiana na Enegix Energy anunciou a construção da maior usina de produção do Hidrogênio verde no Brasil. A fábrica será no Ceará para aproveitar a energia eólica produzida na região. A previsão é produzir 600 mil toneladas do combustível.
Brasil
Especialistas reunidos pelo Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coemas) em abril deste ano mostram que o Brasil tem potencial para ser o maior produtor mundial desse combustível limpo pela abundância de todos os recursos necessários para o processo de produção.
Mas nem tudo é simples. O país tem que superar entraves tecnológicos, custos, dificuldade de transporte, armazenamento e uma legislação para o segmento que regulem o setor.
Fica explícito que o Brasil tem condições de desenvolver essas tecnologias, produzir o Hidrogênio verde e para uso próprio e exportação, de foma competitiva.
Na prática, isso significa que o Brasil tem a possibilidade de desenvolver tecnologias de produção e uso do hidrogênio, inclusive o hidrogênio verde, e de modo competitivo. O país pode promover uma descarbonização em seu sistema energético, criar um mercado, ter expertise tecnológica e diversificar suas fontes de energia valendo se dos seus diversos recursos,
Da Redação.