A Região Sudeste segue como aquela em que a indústria apresenta o maior Valor de Transformação Industrial (VTI), mas reduziu a sua participação dentro do total nacional. Em 2010, o VTI das indústrias do Sudeste representava 60,9% do total do setor no país, fatia que caiu para 57,7% em 2019. Os dados constam da Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa e Produto 2019, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O VTI, uma aproximação para o valor adicionado da indústria, é calculado subtraindo os custos das operações industriais - que são ligados diretamente à produção, como matéria-prima, energia, combustíveis e manutenção de máquinas - do valor bruto da produção industrial, que é composto da receita líquida industrial mais a variação dos estoques dos produtos acabados e em elaboração e a produção própria realizada para o ativo imobilizado.
Em contrapartida à redução da fatia do Sudeste no VTI total da indústria brasileira, houve aumento em todos as demais regiões. No Norte, houve alta de 6,9% para 7,5% na mesma comparação; no Nordeste, o avanço foi de 9,3% para 10%; enquanto no Sul passou de 18,4% para 19,2%; e no Centro-Oeste foi de 4,5% para 5,6%.
Entre as diferentes atividades industriais, a que mais ganhou participação na indústria em termos de fatia do VTI foi a extração de petróleo e gás natural, que teve um salto de 3,4 pontos percentuais, enquanto a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 3,8 pontos percentuais.
Entre os maiores VTIs da indústria, em 2019 a liderança permaneceu com a fabricação de produtos alimentícios, seguida pela fabricação de coque, de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis. A seguir vieram a fabricação de produtos químicos; a extração de petróleo e gás natural; e a extração de minerais metálicos.