25/10/2024 às 11h21min - Atualizada em 25/10/2024 às 11h21min
PL propõe obrigar o Governo Federal a abastecer frota pública com etanol
Projeto de Lei visa promover o uso de combustíveis renováveis e reduzir emissões de gases do efeito estufa
- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Reprodução O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) apresentou o Projeto de Lei, que propõe a obrigatoriedade do abastecimento da frota pública federal com etanol ou outro combustível renovável. A proposta, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, também prevê que o Governo Federal desenvolva políticas públicas voltadas à isenção de impostos e incentivos à produção de etanol e outras fontes renováveis, com foco no mercado interno.
O autor do projeto destaca que o uso de etanol de cana-de-açúcar reduz, em média, 89% as emissões de gases do efeito estufa em comparação com a gasolina, segundo dados da Agência Internacional de Energia. Ele ressalta ainda que a produção de etanol gera outras fontes de energia, uma vez que o bagaço e a palha da cana podem ser utilizados para produzir bioeletricidade, que pode abastecer a usina de etanol ou ser vendida ao sistema elétrico brasileiro.
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Minas e Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Administração e Serviço Público, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Safra e expectativas
A consultoria agrícola Datagro projeta que a safra de cana-de-açúcar para 2024/2025 no Centro-Sul será de 593 milhões de toneladas, representando uma queda de 9,4% em relação ao ciclo anterior. A produção de etanol a partir do milho deve crescer 27,4%, atingindo 7,98 milhões de toneladas. No que diz respeito ao etanol hidratado e anidro, as expectativas são de produção de 21,27 milhões de toneladas (alta de 3,8%) e 11,91 milhões de toneladas (queda de 9,1%), respectivamente.
Apesar dos desafios enfrentados, como a forte seca e os incêndios, 46,5% das usinas do Centro-Sul planejam encerrar suas operações de moagem da safra 2024/2025 na segunda quinzena de novembro, totalizando quase 75%, o que é considerado dentro dos padrões da indústria, embora ocorra mais cedo do que na safra anterior, que foi considerada excepcional.
