Apesar do fim do mês de outubro, período geralmente marcado por uma demanda reduzida, os preços do suíno vivo continuam em alta nas principais praças de comercialização independente. Nesta quinta-feira (24), aumentos foram registrados em estados como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, impulsionados pela oferta limitada de animais prontos para abate, além de uma demanda interna fortalecida e altas nos preços da arroba bovina.
Em São Paulo, o preço do suíno vivo subiu de R$ 9,28/kg para R$ 9,60/kg, de acordo com a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). “Continua a falta de suínos no mercado brasileiro, prevalecendo a lei da oferta e demanda. As exportações seguem em ritmo forte, com previsão de recorde em outubro. Além disso, o preço da arroba do boi está em alta, enquanto o dólar elevado incentiva a agroindústria a destinar boa parte da carne suína para o mercado externo”, explicou Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
No mercado mineiro, após dez semanas de estabilidade em R$ 9,00/kg, o preço subiu para R$ 9,30/kg, segundo dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O consultor de mercado da associação, Alvimar Jalles, destacou o momento positivo: “O mercado de suínos está em uma fase de euforia, com alta demanda sazonal observada neste período. As perspectivas para o suíno vivo continuam favoráveis.”
Em Santa Catarina, o preço do animal vivo também apresentou um pequeno aumento, de R$ 8,81/kg para R$ 8,96/kg, conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). A expectativa no setor é de que os preços permaneçam em alta, sustentados pela combinação de baixa oferta e demanda aquecida, tanto interna quanto externa.