25/10/2024 às 09h26min - Atualizada em 25/10/2024 às 09h26min

Mato Grosso sanciona lei que corta incentivos às signatárias da moratória da soja

Empresas ligadas ao pacto que limita compra de soja da Amazônia desmatada após 2008 podem perder R$ 1,5 bilhão em incentivos

- Da Redação, com Cana Rural
Foto: divulgação

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), sancionou nesta quinta-feira (24) o projeto de lei nº 2256/2023, que retira incentivos fiscais de empresas que aderem à moratória da soja. O pacto, criado em 2006, restringe a compra de soja produzida em áreas desmatadas da Amazônia após 2008, independentemente de a abertura da área ter sido feita legalmente. A lei sancionada, de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), teve vetos em dois incisos, mas manteve o objetivo central de proteger a competitividade dos produtores locais.

 

A sanção pode impactar esmagadoras de soja e indústrias de biodiesel no estado, que podem perder até R$ 1,5 bilhão em incentivos fiscais. A legislação também proíbe a concessão de terrenos públicos a empresas que participem de acordos ou tratados que limitem a expansão agropecuária em áreas fora de proteção ambiental específica, com cláusulas de revogação dos benefícios e exigência de indenização em caso de descumprimento.

 

O governador Mendes reforçou a postura soberana do estado ao sancionar a lei. “Nosso país é soberano e nenhuma empresa pode descumprir as nossas leis ambientais, que são as mais restritivas do mundo. Continuaremos sendo o maior produtor de alimentos do Brasil, referência em competitividade, e fazendo tudo isso de forma sustentável”, afirmou Mendes.

 

 

 

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