As exportações brasileiras de carne suína registraram um crescimento de 7,7% nos primeiros nove meses de 2024, totalizando 990,7 mil toneladas exportadas, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O desempenho positivo no volume de embarques foi acompanhado por uma recuperação no preço médio da carne exportada, impulsionando as receitas do setor ao longo do ano.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o aumento acumulado no preço médio por tonelada exportada foi de aproximadamente 17%, ou mais de US$ 350, o que contribuiu para o incremento de 0,4% no faturamento do setor, alcançando US$ 2,2 bilhões em 2024. "O preço médio das exportações de carne suína tem registrado altas consecutivas, com impacto positivo nas receitas dos embarques. O fluxo deve seguir positivo ao longo de 2024, com perspectiva de crescimento nas exportações totais do ano", destacou Santin.
Em setembro, o Brasil exportou 120,4 mil toneladas de carne suína, volume 7,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, marcando o segundo maior volume mensal já registrado pelo setor. A receita gerada com as exportações também apresentou forte alta, com crescimento de 15,9%, somando US$ 283,7 milhões.
O principal destaque do mês foi o aumento expressivo nas exportações para as Filipinas, que importaram 28,2 mil toneladas de carne suína brasileira, um crescimento de 120,4% em relação a setembro de 2023. Outros mercados apresentaram oscilações, com a China comprando 16,7 mil toneladas (-40,7%), o Chile com 9,7 mil toneladas (+50,4%), Hong Kong com 8,7 mil toneladas (-34,1%), e o Japão com 8,6 mil toneladas (+84,9%).
"Há uma reconfiguração no mapa dos embarques de carne suína do Brasil, o que se comprova pelas fortes oscilações nos movimentos de importações por destino", explicou Santin. "Além da consolidação das Filipinas como principal importador, países da América Latina, como Chile, México e Argentina, estão incrementando suas demandas por produtos brasileiros. O mesmo ocorre com o Japão, que busca produtos de alto valor agregado."
O setor de carne suína no Brasil segue otimista, com expectativas de que o crescimento das exportações se mantenha até o final do ano.