Com a probabilidade reduzida de ocorrência do fenômeno La Niña em 2024, as lavouras de soja no Sul do Brasil e na Argentina enfrentam menores riscos de seca severa, informou a consultoria StoneX na quinta-feira (10). O La Niña, associado a padrões climáticos mais secos, poderia prejudicar a produção agrícola nessas regiões. No entanto, se o fenômeno se confirmar, ele deve ser de fraca intensidade e curta duração, conforme destacou Ana Luiza Lodi, especialista da StoneX.
Mesmo com um início de ciclo marcado por um clima extremamente seco e quente, a StoneX projeta uma safra recorde de 165 milhões de toneladas para o Brasil, superando as 149 milhões da temporada anterior. As previsões de chuva para os próximos meses são mais otimistas, o que contribui para reduzir os riscos climáticos sobre o potencial produtivo. Além disso, um La Niña mais fraco também beneficia a Argentina, reduzindo as chances de secas severas na região.
O mercado de soja agora volta sua atenção para o desenvolvimento da safra na América do Sul, uma vez que os Estados Unidos estão colhendo uma produção recorde. A combinação de condições climáticas na América do Sul ainda pode trazer alterações no equilíbrio entre oferta e demanda global.