O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizou na terça-feira (8) que a volta do horário de verão em 2024 pode ser evitada. Ele afirmou que a decisão final será baseada na análise dos níveis dos reservatórios de água em todo o Brasil e que um anúncio deve ser feito até a próxima semana.
Em entrevista, Silveira comentou: "Estou levando a decisão sobre o horário de verão ao limite para ver se pode ser evitado neste ano". Ele acrescentou que, caso a implementação do horário de verão seja considerada imprescindível, o governo terá a "coragem necessária" para prosseguir com a medida.
A possibilidade de reintroduzir o horário de verão já havia sido mencionada pelo ministro, que indicou um retorno potencial em novembro, após as eleições. Entretanto, essa expectativa agora está condicionada a novas avaliações sobre a situação hídrica do país.
Na quarta-feira (9), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reunirá para discutir medidas a serem adotadas em resposta à seca e seu impacto nos reservatórios. A adoção do horário de verão é vista como uma estratégia para reduzir a demanda de energia em horários de pico, o que, por sua vez, minimiza a necessidade de despachar usinas térmicas.
Mais cedo, Silveira participou da sanção do PL do Combustível do Futuro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras autoridades, que cria programas para promover o uso de diesel verde, combustíveis sustentáveis para aviação e biometano.