02/10/2024 às 08h26min - Atualizada em 02/10/2024 às 08h26min

Orplana critica decreto que endurece punições a incêndios em propriedades rurais

Entidade alega que embargo de áreas inteiras e aumento de multas afetam injustamente produtores de cana-de-açúcar

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução

A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) se manifestou contra o Decreto Federal nº 12.189/2024, que endurece as punições para infrações ambientais, como desmatamento e incêndios em áreas rurais. Segundo a Orplana, o decreto prejudica o agronegócio ao permitir o embargo de grandes áreas e aumentar as multas aplicadas aos produtores, impactando diretamente a atividade agrícola, especialmente para os produtores de cana-de-açúcar.

 

José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, afirmou que o decreto inviabiliza o setor ao impor embargos que podem paralisar atividades em toda a propriedade, mesmo que a infração ocorra em uma pequena área. 

 

"Os produtores de cana, que já são vítimas dos incêndios, são duplamente penalizados com essas medidas", argumenta Nogueira. Além disso, o decreto impede o acesso a créditos rurais, essenciais para o Plano Safra, agravando as dificuldades econômicas dos agricultores.

 

Outro ponto de crítica é o aumento significativo das multas, que podem chegar a R$ 10 mil por hectare para áreas afetadas. Segundo a Orplana, essas penalidades são devastadoras, especialmente em casos de incêndios acidentais. A entidade, que representa 35 associações e mais de 12 mil produtores de cana-de-açúcar, ressalta que as novas regras ampliam injustamente as sanções ambientais, afetando a continuidade da produção agrícola no Brasil.

 

 


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