20/09/2024 às 10h12min - Atualizada em 20/09/2024 às 10h12min

​Produção de algodão no Brasil deve crescer 7,4% na temporada 2024/25

Expectativa é que área plantada atinja 2,14 milhões de hectares e impulsione novos recordes

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Reprodução
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), projeta um aumento de 7,4% na área plantada com algodão na temporada 2024/25, totalizando 2,14 milhões de hectares.

Essa expansão é um reflexo do otimismo dos produtores e da alta demanda global pelo produto, especialmente no setor de exportações, que pode registrar novos recordes.
 
Segundo estimativa apresentada na 76ª reunião da Câmara, presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produtividade média deve alcançar 1.859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare, resultando em uma produção de 3,97 milhões de toneladas de algodão, 8% superior à temporada anterior.
 
Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, alerta que, apesar das expectativas otimistas, fatores climáticos serão cruciais para confirmar a alta produtividade. Ele recomenda que os produtores priorizem a eficiência nos custos e maximizem a produção, já que os preços internacionais do algodão não estão tão atrativos no momento.
 
No cenário global, o Brasil se destaca como o maior exportador de algodão. No entanto, a China, que antes comprava cerca de 50% do algodão brasileiro, agora absorve apenas 20%, segundo Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Este movimento força o Brasil a explorar novos mercados, como Índia e Egito, para compensar a queda nas exportações do gigante asiático.
 
O mercado interno de algodão também enfrenta uma demanda moderada, e a expectativa é de que os preços se mantenham estáveis, com possibilidade de queda no final do ano devido ao aumento da oferta.

No setor têxtil, a produção subiu 3,6% entre janeiro e julho de 2024, enquanto o vestuário cresceu 1,3% no mesmo período. Contudo, a importação de roupas teve um aumento de 12,9%, agravada pela crise na Argentina, principal destino dos produtos brasileiros.

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