11/09/2024 às 10h21min - Atualizada em 11/09/2024 às 10h21min

Incêndios devastam fazendas e causam prejuízo milionário em Mato Grosso

Mais de 2 mil focos registrados em 24 horas ameaçam produtores, fauna e futuras colheitas

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Governo do Mato Grosso do Sul
Mato Grosso registrou mais de 2 mil focos de incêndio nas últimas 24 horas, de acordo com o Sistema de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta terça-feira, 10. As chamas avançam rapidamente pelas fazendas, destruindo áreas de palhada, um trator e duas carretas na rodovia MT-140, que liga Santa Rita do Trivelato a Planalto da Serra.

Um dos motoristas, com queimaduras graves em 70% do corpo, infelizmente não resistiu aos ferimentos.
 
Proprietários, colaboradores e vizinhos da Fazenda Morada da Serra uniram forças para tentar conter as chamas e minimizar os prejuízos. Vandir Matschinske, agricultor da região, lamentou as perdas. “Queimou mais de 250 hectares só da minha propriedade. Estamos à beira de começar uma nova safra, com o adubo já aplicado, e agora não sabemos o que fazer. É um grande prejuízo”, disse ele, suspeitando que o fogo tenha sido iniciado por negligência externa, possivelmente por uma bituca de cigarro jogada de um veículo.
 
O consultor agronômico Taimon Semler alertou que as perdas não se limitam às plantações e ao maquinário. “Um incêndio como esse pode comprometer o solo, afetando a microbiota e a matéria orgânica acumulada ao longo de décadas. A perda pode chegar a 15 sacas por hectare, dependendo da intensidade do fogo e das condições do solo”, explicou.
 
Enquanto autoridades e produtores continuam a combater o fogo, o prefeito de Santa Rita do Trivelato, Egon Hoepers, destacou o desafio crescente dos incêndios. “Estamos lutando contra o fogo há mais de 15 dias. Com os ventos fortes, ele se espalha muito rápido, e é difícil controlá-lo. Temos mais de cem máquinas trabalhando e já estamos nos preparando para lidar com situações como essa no futuro”, afirmou.
 
Os incêndios nas áreas rurais de Mato Grosso não só causam prejuízos milionários aos produtores como também ameaçam a fauna local e comprometem o futuro das colheitas e a sustentabilidade do solo.

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