O governo de Rondônia decretou estado de emergência devido ao agravamento dos incêndios florestais, que já destruíram mais de 107 mil hectares de floresta. O estado registrou um aumento de 43,2% nos focos de calor em comparação com 2023, totalizando 4.887 focos até agosto deste ano. A estiagem severa, que persiste desde o segundo semestre de 2023, é apontada como uma das principais causas, intensificada pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño.
A escassez de chuvas, que deve continuar nos próximos três meses, também reduziu drasticamente o nível dos rios da região, agravando ainda mais a crise ambiental. O Rio Madeira, por exemplo, enfrenta níveis consideravelmente baixos, dificultando o combate aos incêndios em áreas isoladas e comprometendo a navegabilidade e outras atividades econômicas essenciais para a população local. A baixa umidade do ar também representa uma ameaça significativa à saúde pública, com crianças, idosos e pessoas vulneráveis sendo mais afetadas pela poluição causada pelas queimadas.
O governo estadual, em colaboração com equipes de combate a incêndios, enfrenta grandes desafios devido à infraestrutura limitada de transporte em áreas remotas. A declaração de emergência terá validade de 180 dias e busca mobilizar recursos para mitigar os danos ambientais, sociais e econômicos causados pelas queimadas, além de proteger as populações mais afetadas.