28/08/2024 às 10h13min - Atualizada em 28/08/2024 às 10h13min

Áreas agropecuárias concentram mais de 80% dos ​focos de calor em SP

Cultivo de cana-de-açúcar é o mais afetado, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil
O estado de São Paulo registrou 2,6 mil focos de calor entre os dias 22 e 24 de agosto de 2024, dos quais mais de 80% estavam em áreas destinadas à agropecuária, conforme aponta o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O estudo, divulgado nesta terça-feira, 27, destacou que as áreas de cultivo de cana-de-açúcar foram as mais atingidas, totalizando 44,45% dos focos.
 
O levantamento, realizado com base em imagens de satélite e dados da Rede MapBiomas, também revelou que 19,99% dos focos ocorreram em regiões com mosaicos de uso, onde não é possível distinguir entre pastagem e agricultura. Além disso, 9,42% dos incêndios ocorreram em áreas de pastagem e 7,43% em áreas de silvicultura, soja, citrus e outras culturas.
 
As áreas de vegetação nativa também foram severamente atingidas, com 16,77% dos focos de calor localizados em formações florestais. Cidades próximas a Ribeirão Preto, como Pitangueiras, Altinópolis e Sertãozinho, concentraram 13,31% dos incêndios registrados.
 
Na sexta-feira, 23, São Paulo registrou mais focos de calor do que todos os estados da Amazônia juntos, fato classificado pelo Ipam como alarmante. O aumento de pontos detectados por satélites geoestacionários trouxe à tona uma comparação com o "Dia do Fogo" de 2019, quando incêndios devastaram grandes áreas da Amazônia.

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