24/08/2021 às 11h00min - Atualizada em 24/08/2021 às 11h00min

Ibovespa abre em forte alta, seguindo exterior e embalado por Vale

A bolsa brasileira abriu em alta firme, embalada pelos ganhos nas ações de maior peso no Ibovespa (blue chips), mostrando maior disposição em acompanhar o bom humor externo, onde os investidores renovam o apetite por risco. O destaque fica com o salto nas ações da Vale e de siderúrgicas, em meio à recuperação nos preços do minério de ferro na China.

Por volta de 10h30, o Ibovespa subia 1,37%, aos 119.081 pontos, na pontuação máxima do dia, impulsionado pela alta de 3,43% de Vale ON. A mineradora figura entre os destaques de maiores altas do índice à vista, ficando atrás apenas de Usiminas PNA (+4,72%) e CSN ON (+4,61%). No mesmo horário, no pré-mercado em Nova York, os índices futuros do S&P 500 e do Dow Jones subiam 0,14%, cada.

“Os mercados internacionais se recuperam, a começar pela China, onde as bolsas de tecnologia foram destaque de forte alta. Outro ativo que também foi destaque é o minério de ferro”, comenta o sócio-fundador da Fatorial Investimentos, Jansen Costa. O preço à vista da commodity metálica subiu mais de 6% no porto chinês de Qingdao, enquanto no mercado futuro em Dalian a alta foi de 2,27%.

Para Costa, o renovado apetite por risco no mercado internacional anima, apesar do acúmulo de crises no cenário local (política, fiscal e institucional. “Os mercados internacionais se recuperam, à espera de Jackson Hole”, emenda o sócio-fundador da Fatorial.

Em relatório, o chefe de estratégia do Rabobank, Elwin de Groot, observa que a expectativa, agora, é de que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não aproveite o simpósio de banqueiros centrais como oportunidade para pré-anunciar uma redução do programa de compra de ativos. “Essa mudança de pensamento foi provavelmente desencadeada por comentários de [Robert] Kaplan, do Fed de Dallas, na sexta-feira passada, quando ele disse que estava observando cuidadosamente o impacto da variante delta”, ressalta. Até então, a previsão era de que os estímulos monetários jorrados pelo Fed fossem retirados entre o fim deste ano e o início do próximo, conforme indicado na ata da última reunião do Comitê do Fed (Fomc).

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